quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Borracha - Parte II

Embora o blog tenha sonhos como tema, os pesadelos nunca deixarão de existir.
Hoje eu matei alguém. Não queria, sinto-me culpado, ainda vejo sangue em minhas mãos, embora agora elas estejam limpas. Dói confessar, assumir, admitir, mas eu o fiz. E na hora pensei que não haveria ressentimentos.
Não foi de caso pensado, acreditem. Embora eu, sem dúvida, fosse capaz de premeditar tudo o que fiz.
A cada apunhalada eu me realizava mais e mais. Não ouvia gritos, não via nada a minha frente, apenas sentia a pressão dos golpes.
Quando abri os olhos, pude vê-lo inerte a minha frente. E era como se estivesse olhando no espelho. Tratava de mais uma parte de mim que deixava de existir. Mais um pedaço que se esvaia.
E para cada fragmento que deixava de existir, um novo “eu” surgia. Sempre mais forte e mais preparado.
E desta vez não seria diferente.
Enterrei aquele a quem tinha dó para poder dar vida àquele que saberia lidar com novas situações.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

- tem alguém aih?

*

Eu sempre me surpreendo quando me pergunto isso, jah que acredito tanto em Deus.
Mas acho que todo mundo tem seus momentos de olhar pro alto e pensar: "Vc tah me vendo? Por que naum me ajuda?". Mas acredito que pra saber que tenho Deus do meu lado, as coisas naum tem que estar sempre perfeitas. Afinal, ELE, além de nos segurar quando caimos, tem também a importante tarefa de nos fazer aprender o por que de termos caido, e como devemos nos comportar pra que isso naum aconteça mais.
Ele naum estah do nosso lado pra passar a mao em nossas cabeças, mas pra nos ensinar que a vida é bela sim, quando se vive direito.
Por piores que as coisas estejam em algumas situaçoes, eu SEI que tenho ELE do meu lado. Quando estou feliz, é a ELE que quero agradecer, quando estou triste, é ELE que me consola, quando estou perdida, é NELE que encontro forças pra seguir em frente. Porque "quando a noite se torna mais escura, é porque o sol estah prestes a nascer".
E quando esse sol nascer, vou olhar pra cima e agradecer.
"Eu sei que VC esteve aih o tempo todo, MUITO OBRIGADA."

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

No final é sempre você

E mais uma vez ela se arrependeu de ter dito sim. Lavou a boca, escovou os dentes, fez um longo bochecho com anti-séptico bucal e o gosto continua em sua saliva, em seus lábios, na sua memória.

Queria não pensar sobre, mas sua mente a torturava. Poderia não ser tão dura consigo se tivesse sido a primeira vez. Se não fosse reincidência tudo seria mais fácil. Ao menos sua consciência a absolveria.

“Céus...”, pensava ela, “como pude ser tão burra!”. Preferia ouvir isso de sua própria boca ao ouvir daqueles que diriam ter alertado-a com antecedência. Embora todos realmente tivessem tentado.

Agora ela ficaria se torturando por mais longos meses a fio enquanto ele estaria por ai, curtindo a vida como se nada houvesse mudado. Para ele nada havia mudado mesmo. Sua rotina continuava a mesma, os seus planos continuavam os mesmos, embora mais uma vez no singular.

Enquanto ele era carregado para a cama por seus amigos de balada, que acabavam de comemorar o teu retorno à ativa, ela se perguntava se por algum minuto ele também pensava nela. E ela sabia a resposta.

Em busca de um ombro amigo ela correu para aquele que jamais a abandonara. E mais uma vez ele a pegou no colo e amorteceu suas lágrimas, absorvendo todas elas. Afinal não era a primeira nem a última vez, já que era pra ele que ela sempre voltava. Ao menos seu travesseiro era fiel.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Borracha - Parte I

Hoje matei alguém... mas dexarei a confissão para o final.

Acho que postagens longas são cansativas, então dividi o post em duas partes.



Seria divertido se pudéssemos reescrever nossa história. Alguma coisa dar errado e simplesmente passar uma borracha, um corretivo e mudar algumas linhas. Mas seria fácil demais. Não teríamos que sofrer as conseqüências de nada.

Céus, como seria monótono!

Podemos mudar nosso status no orkut, apagar fotos no fotolog, deletar um perfil onde quer que seja, rasgar cartas, embora nada disso apague alguém da nossa vida. Mesmo assim podemos tentar. Quem sabe o ato não traga satisfação?

A gente pode ignorar alguém na rua, desviar o destino, porém essa pessoa nunca vai deixar de fazer parte da nossa vida. Afinal, todo mundo que atravessa nosso caminho deixa marcas e acaba fazendo parte do nosso passado e nosso passado faz parte de quem somos e nos acompanhará por toda a vida.

Nunca vamos apagar de nossa mente a lembrança de uma viagem e impedir que a sensação de reviver toda a dor de um acidente volte toda vez que passar por aquele local.

Querer recomeçar é direito de qualquer um. No entanto, ninguém recomeça do zero. Partimos sempre do capítulo dois em diante.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Sem...

Tem dias que a gente acorda e parece que estamos no mundo errado.
Ou sou eu que estou errada no mundo.

Nunca achei que me adaptaria facilmente, que tudo se colocaria no lugar com a maior rapidez.
Mas hoje acordei realmente com um grande vazio dentro do peito.
Seria estranho dizer o motivo, se na verdade eu mesma o desconheço.
Talvez seja a falta; talvez o excesso; talvez seja tudo uma fase.
Talvez sejam as coisas que eu deixei sem dizer, ou que descobri muito tarde pra que pudesse di-las.
TALVEZ.

Essa palavra me incomoda.
A incerteza, a falta de concretismo com que as coisas andam acontecendo, o vaguismo.
Eu sempre tendo a escrever tudo no preterito imperfeito.

Quando as coisas vão começar a se encaminhar pro futuro?
Quando vão acabar as incertezas?
Quando vou conseguir esclarecer o que ficou?
Quando vou saber o que aconteceria se eu tivesse tentado?
Quando?

Quando vou saber as respostas?

Preciso de um pouco de paz.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

A busca

Cansado de tanto se perguntar iniciou a caminhada em busca daquele que poderia satisfazê-lo. Atravessou montes e colinas, florestas e vales e até mesmo quilômetros de oceano. Vislumbrava-se ao visualizar o momento em que encontraria aquele que esclareceria suas dúvidas.

Uma de suas únicas certezas era que velho ansião que habitava o alto da montanha Sbull era um dos poucos a responder as perguntas que todos evitavam responder.

Após meses de forte sol durante toda o dia e frio escaldante durante toda a noite, conseguiu chegar à montanha Sbull. A cada passada rumo ao topo seu coração disparava mais. A ansiedade era demonstrada na palpitação em seu peito.

Frente a frente com o velho ansião, a decepção tomou conta do rapaz quando este ouviu de seu mestre. "A maior parte das respostas está contida nas perguntas.; Basta parar para refletí-las".

Frustado, sentou-se numa pedra ainda no alto da montanha e pode ver lá de cima grande parte do caminho que percorrera. Lembrou-se de detalhes da viagem e então se recordou de um texto que sua mãe um dia leu para ele, dizendo que a felicidade não é um destino e sim um caminho que percorremos. E assim descobriu que a maior de suas dúvidas havia sido respondida há tempos.

Foi a partir de então que ele passou a intensificar seus momentos. Prolongar os momentos de felicidade e reduzir o período de sofrimento. Afinal, quem decide por quanto tempo ficar triste ou feliz é você.

"A paz que você procura está no silêncio que você não faz" (Desconhecido)

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Sem ela

Assim que a porta se fechou ele pode suspirar e deixar sua máscara sobre a mesinha de centro. Não sabia por mais quanto tempo conseguiria suportar vestir aquele personagem tão sem sal. Na verdade, ele desejava interpretar ele mesmo, mas para isso precisava conhecê-lo.

Enquanto se encarava no espelho sentiu saudade de quando ela estava ao seu lado e isso o confundiu mais ainda. Não sabia se sentia falta dela ou se sentia mal por descobobrir tardiamente o que ela significava.

Embora sentisse vontade de ligar e dizer tudo o que quis dizer na última conversa entre eles, sabia que nada adiantaria e eles continuariam apenas sendo duas pessoas especiais uma para a outra. Valeria a pena jogar tudo pro alto por um sentimento incerto? Mas como ter certeza sem antes tentar?

Ela sempre fizera tão bem a ele, mesmo quando eles discutiam e ambos ficavam de saco cheio. Ria ao lembrar quando ela dava ordens e ele fazia questão de não cumprí-las. E hoje tudo isso era vazio. Um poço de lembranças que vinham quando necessárias.

Seu único desejo era mergulhar no poço e trazê-la de volta, resolver de uma vez por todas toda esta situação. Enquanto não pontuassem os "is" não poderia seguir e teria que recolocar a máscara ao atravessar a porta.

Rezou para que tudo desse certo, torceu para não ter que perguntar sobre seu namorado e mandar lembranças. Saiu da frente do espelho e decidiu voltar mais uma vez a realidade, longe da sua menina.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

A princesinha rosa, perfeitinha, viu o seu castelo desmoronar.

Muitas coisas estranhas têm se tornado normais...
Antigos segredos, coisas naturais.
Certezas induvidáveis, hoje, areia movediça.
Viver longe de pessoas amigas não é tão fácil quanto parecia.
Me vejo mais fraca do que pensava.
Me descubro mais forte do que imagino.
A princesinha rosa, perfeitinha, viu o seu castelo desmoronar.
Mas eu sou teimosa, não desisto fácil, nem tão fácil, nem tão difícil.
Ajo, reajo.
Fico invisível de vez em quando.
Me perco nos meus medos.
Ressurjo do infinito.
Mergulho, procuro, invisto, confio no destino. Faço meu destino.
Ando, brinco, canto, rio, até danço.
Perdôo, descubro meus erros, recomeço.
Me distraio.
Vivo, fujo do perigo, para o perigo, faço minha arte.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Homem não chora

Vai ser preciso muito tempo para tirar esta frase da minha cabeça.
"Homem não chora" - e vai martelando - "Homem não chora" - ecooa, tortura - "Homem não chora".
E todas as vezes o H é maiúsculo.
Era um garoto, vivendo seus inocentes quatro anos, fazendo birra, com saudade da mãe.
Um cidadão cheio de preceitos, letrado e mestrado se acha no direito de questionar suas lágrimas apenas por ser um sensível enrustido!
Infeliz deste cidadão que nunca sentiu a emoção de ter um filho em seus braços e poder cantar para ele ninar. Pobre por não sentir falta de alguém a ponto de querer voltar no tempo e ter essa pessoa ao seu lado, nem que fosse por um breve - e agradável - pensamento.
A falta de afeto não lhe dá direito de privar alguém de demonstrar seus sentimentos; ainda mais uma criança.
Feliz dele pelo privilégio de nunca ter sofrido por amor, muito menos ter sepultado um ente querido.
Talvez um dia esse garoto realmente deixe de chorar e se torne uma pessoa fria e com pensamentos machistas e medíocres, assim como o homem com H maiúsculo um dia derrame uma lágrima ao ouvir que foi trocado por um homem com h duvidoso que escrevia poemas de amor.

sábado, 28 de junho de 2008

Faz tão bem...

Esta semana, durante uma aula, uma aluna disse me conhecer desde quando eu nasci e que era muito amiga da minha mãe. Perguntou por ela, por minha irmã e acalmou meu coração que estava tão agiado naquela manhã.
Ela me disse que lembrava que minha mãe tomava banho comigo no colo, abraçadinhos. Imediatamente pensei na minha fiha, que só tomava banho no chuveiro abraçadinha quando bebê. Claro que perguntei se era por isso.
A resposta foi "Não, ela dizia que gostava de tomar banho assim contigo. Trazia conforto a ela". E foi então que suspirei.
Vejo meu pai com minha filha e não consigo deixar de me perguntar se quando eu era pequeno ele também ficava tão besta e brincava de roda às duas da manhã se eu não estivesse com sono. Eu arrancava tantos sorrisos também?
Amamos e nos sentimos tão bem sabendo que somos amados. Então por que não demonstrar carinho por aqueles que amamos?
Eu amo, eu sinto saudade e embora sinta necessidade de dizer, às vezes o que falta é coragem.
Chegou a hora de perder o medo. O amor nos faz tão bem.

terça-feira, 24 de junho de 2008

Eu aprendi...

Eu aprendi que não são os primeiros:
primeiro beijo, primeiro amor, primeiro namorado...
que são os mais importantes.
Os mais importantes são os mais especiais.
O beijo mais perfeito, o cara mais legal, a sensação mais gostosa.
Aprendi que o que mais importa não é a duração de alguma coisa, mas a intensidade com que acontece.
(Você pode passar anos com uma pessoa e sentir algo especial em um só dia – com outra pessoa – e esse dia, sim, ser especial).
Aprendi que não importa quem fomos ou o que aconteceu ontem.
O que importa é o momento agora.
Aprendi que por mais que passe o tempo e que até vivenciemos algumas coisas na prática, podemos simplesmente não entendê-las.
Aprendi que não adianta você ser “perfeito”: ninguém te ama mais ou menos por isso.
Aprendi que o que nos faz melhores ou piores é nossa felicidade, o jeito como superamos obstáculos, e não uma coisa ou outra qualquer.
Aprendi ainda que a medida que diz se estamos melhores ou não, é a comparação com nós mesmos, e não com os outros.
Aprendi que quem ganha uma briga é quem tem mais amor, e não quem tem mais ódio.
Aprendi que a vida só é vida quando nós amamos à nós mesmos verdadeiramente – com nossos defeitos e qualidades, sem máscaras – porque só assim podemos fazer o que Ele nos ensinou:
“Amai a teu próximo como a ti mesmo”

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Canção Para Amigos - Dead Fish

As vezes penso que foi tudo em vão
Parei pra pensar tantos anos depois
Se lembra quando éramos mais jovens
E tudo parecia ser mais fácil

Acho que crescemos demais
Aconteceu o que temiamos
Não vamos mais nos entender
Se foi a natureza ou o sistema só o tempo, dirá

Vou seguir meu caminho
Lutar pelo o que insisto em acreditar
Vou tentar entender os seus
Desculpe dizer isso mas parece que você se vendeu

Mas que te traga paz
Leveza e força pra continuar
A vida é mesmo estranha
Nada é mais para sempre

Espero um dia poder sentar ao seu lado
E gordos e conformados podemos rir
Que nossos questionamentos não tenham sido em vão
Espero que algo tenha mudado até, então

Somos adultos demais
Caminhos opostos individuais
Tempo de crise e muita confusão
Queria lutar junto com você mas parece que não

Se canto esta canção
É porque ainda tenho fé
Mas meu sorriso é tão forçado
É porque não estou em paz nem ao seu lado

Se não sentirmos nada
Devemos tentar viver
E se o sistema nos separou
Tentar nos entender

E continuar a acreditar
Que o melhor é dialogar
Mesmo de longe te evitando
Te considero um irmão
Se tenho dúvidas demais
Por isso escrevo esta canção

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Saudade...

Era uma vez uma menina que tinha um pássaro como seu melhor amigo. Ele era um pássaro diferente de todos os demais: Era encantado. Os pássaros comuns, se a porta da gaiola estiver aberta, vão embora para nunca mais voltar, mas o pássaro da menina voava livre e vinha quando sentia saudades...

Suas penas também eram diferentes. Mudavam de cor. Eram sempre pintadas pelas cores dos lugares estranhos e longínquos por onde voava.

Certa vez, voltou totalmente branco, cauda enorme de plumas fofas como o algodão.

Menina, eu venho de montanhas frias e cobertas de neve, tudo maravilhosamente branco e puro, brilhando sob a luz da lua, nada se ouvindo a não ser o barulho do vento que faz estalar o gelo que cobre os galhos das árvores. Trouxe, nas minhas penas, um pouco de encanto que eu vi, como presente para você.... e assim ele começava a cantar as canções e as estórias daquele mundo que a menina nunca vira. Até que ela adormecia, e sonhava que voava nas asas do pássaro.

Outra vez voltou vermelho como fogo, penacho dourado na cabeça... venho de uma terra queimada pela seca, terra quente e sem água, onde os grandes, os pequenos e os bichos sofrem a tristeza do sol que não se apaga; minhas penas ficaram como aquele sol e eu trago canções tristes daqueles que gostariam de ouvir o barulho das cachoeiras e ver a beleza dos campos verdes.

E de novo começavam as histórias. A menina amava aquele pássaro e podia ouvi-lo sem parar, dia após dia. E o pássaro amava a menina, e por isso voltava sempre; mas chegava sempre uma hora de tristeza. Tenho que ir, ele dizia. Por favor não vá, fico tão triste, terei saudades e vou chorar.....
Eu também terei saudades, dizia o pássaro. Eu também vou chorar.

Mas eu vou lhe contar um segredo: As plantas precisam da água, nós precisamos do ar, os peixes precisam dos rios... e o meu encanto precisa da saudade. É aquela tristeza, na espera da volta, que faz com que minhas penas fiquem bonitas. Se eu não for, não haverá saudades. Eu deixarei de ser um pássaro encantado e você deixará de me amar.

Assim ele partiu. A menina sozinha, chorava de tristeza à noite. Imaginando se o pássaro voltaria. E foi numa destas noites que ela teve uma idéia malvada.
Se eu o prender numa gaiola, ele nunca mais partirá; será meu para sempre. Nunca mais terei saudades, e ficarei feliz. Com estes pensamentos comprou uma linda gaiola, própria para um pássaro que se ama muito. E ficou à espera.

Finalmente ele chegou, maravilhoso, com suas novas cores, com estórias diferentes para contar. Cansado da viagem, adormeceu.

Foi então que a menina, cuidadosamente, para que ele não acordasse, o prendeu na gaiola para que ele nunca mais a abandonasse. E adormeceu feliz. Foi acordar de madrugada, com um gemido triste do pássaro. Ah! Menina... Que é que você fez?

Quebrou-se o encanto. Minhas penas ficarão feias e eu me esquecerei das estórias....
Sem a saudade, o amor irá embora... a menina não acreditou. Pensou que ele acabaria por se acostumar. Mas isto não aconteceu...

O tempo ia passando, e o pássaro ia ficando diferente. Caíram suas plumas, os vermelhos, os verdes e os azuis das penas transformaram-se num cinzento triste. E veio o silêncio, deixou de cantar.

Também a menina se entristeceu. Não, aquele não era o pássaro que ela amava. E de noite ela chorava pensando naquilo que havia feito ao seu amigo... Até que não mais agüentou. Abriu a porta da gaiola.

Pode ir, pássaro, volte quando quiser...

Obrigado, menina. É, eu tenho que partir. É preciso partir para que a saudade chegue e eu tenha vontade de voltar. Longe, na saudade, muitas coisas boas começam a crescer dentro da gente. Sempre que você ficar com saudades, eu ficarei mais bonito.
Sempre que eu ficar com saudades, você ficará mais bonita. E você se enfeitará para me esperar... e partiu. Voou que voou para lugares distantes.

A menina contava os dias, e cada dia que passava a saudade crescia. Que bom, pensava ela, meu pássaro está ficando encantado de novo... E ela ia ao guarda-roupa, escolher os vestidos; e penteava seus cabelos, colocava flores nos vasos... Nunca se sabe. Pode ser que ele volte hoje...

Sem que ela percebesse, o mundo inteiro foi ficando encantado como o pássaro.
Porque em algum lugar ele deveria estar voando. De algum lugar ele haveria de voltar.
AH! Mundo maravilhoso que guarda em algum lugar secreto o pássaro encantado que se ama... e foi assim que ela, cada noite ia para a cama, triste de saudade, mas feliz com o pensamento. Quem sabe ele voltará amanhã.... E assim dormia e sonhava com a alegria do reencontro. [Rubens Alves]

sábado, 31 de maio de 2008

Só o que posso dizer

Sei que é muito pouco nessa imensidão de pensamentos e sentimentos que andam em ebulição dentro de mim.
Sei também que seria mentira dizer que isso não anda me tirando o sono.
Minha cabeça anda movimentada e o pior é que nãao posso fazer nada.
Apenas cresce, cresce, cresce...
Só o que posso dizer é que você não sai da minha cabeça e precisamos dar um jeito nisso.

domingo, 4 de maio de 2008

Você não...

Fiz uma promessa de nunca me arrepender
De nunca chorar por amores perdidos
Fiz uma promessa de nunca mais prometer
O impossivel pra ninguém

Dei uma nova chance pra todos ao meu redor
Pensei no antes no depois
No melhor e no pior
Eu até pensei no que a gente passou de bom
Mas com você é diferente


Você não sabe
O quanto tive que rodar
Você não sabe
Quão dificil foi te abandonar
Você não sabe quanto eu me perdi
Você não sabe

É,estou tentando ver o mundo diferente
Certas coisas que eu não perdoaria consegui perdoar
Nesse mundo de "sai gente,entra gente"
Tem pessoas que nunca vão sair do lugar

É,estou apenas tentando ver o mundo diferente
Até pensei em mudar dessa cidade,andar por ai
Ver se deixo algumas lembranças em novas fotografias
E levar pra sempre as de quem nunca me esqueci
Mas com você é diferente

Você não sabe
O quanto tive que rodar
Você não sabe
Quão dificil foi te abandonar
Você não sabe quanto eu me perdi
Você não sabe...

domingo, 27 de abril de 2008

Eu venho amando,
Amando eu venho,
Do inexpressivo, chorando,
Inexpressando o sentimento.
Pôr-do-sol, mar, vento...
Nesse grande mistério de viver e amar a contento.

sábado, 26 de abril de 2008

Qualquer

Temo ser apenas um verbo
Ou apenas uma mentira que guardei pra mim
Invento e até faço o inverso
Pra ver se acho um começo pro fim
E vejo tudo mudando e se afastando de mim

E o tempo é só um argumento
Quem sabe um disfarce...
E o medo é um sentimento qualquer
Num dia desses ele passa

Temo não temer a nada
Pois esse é um meio de eu ter certeza que desisti
Invento e até faço o inverso
Pra ver se paro de pensar
E vejo tudo mudando e se afastando de mim
E devo escolher se quero ou se deixo

O tempo é só um argumento
Quem sabe um disfarce...
E o medo é um sentimento qualquer
Num dia desses ele se torna esperança

sábado, 12 de abril de 2008

Eu ainda sou a menina que escreve na agenda...

Tanta coisa têm acontecido; tantas mudanças, lampejos, relâmpagos, trovões, chuvas e calmarias.
A cada detalhe que reparo em mim, percebo uma falha significante: a de modelos. Eu estou sempre a comparar alguma coisa. Sempre a partir de um pressuposto que, às vezes, só existe dentro de mim.
Pode ser mania de controlar, insegurança, medo, criancice ou acaso.
Pode ser que desaprendi a me surpreender, o que remete à um dos últimos posts no meu blog, sobre apatia.
Pensando em postar aqui, li a frase do começo, do Jostein. De fato, é foda, mesmo, tentar entender-nos.
Bom, como diz o título, eu descobri que ainda sou a menina. Tentando deixar de ser, em partes, sim.
Mas ainda tento buscar estes tais ideais, ainda fantasio, ainda sonho, ainda sofro. Ou não.
Ainda me apego a coisas que me parecem estranhas.
Pelo menos, ainda vivo. E tento deixar viver uma pessoa dentro de mim. Uma criança que não sei se é certo deixar. Eu mesma.
Ninguém explica o quanto é difícil crescer e o quanto é difícil mudar tendo que continuar sendo a mesma pessoa, né?
Pois é.
Ainda a menina, tentando ser a mulher.

domingo, 6 de abril de 2008

Rascunhos

Viajando pelo meu antigo blog, encontrei algo que ainda não chegou ao seu destino. E certamente ainda custará a chegar:

Rascunhos

Meu caderno de rascunhos já naum serve pra escrever
as coisas que nem todo mundo eh capaz de entender
Se me falta um acorde não tenho a quem recorrer
se já não sei mais como encontrar você

Já não somos mais a equipe com o mesmo ideal
Não estamos um contra o outro
Tão pouco juntos, afinal

Se nossa parceria formava a harmonia
Hoje te falta letra
E eu não ouço voz nem violão
Se falta algum acorde
Não há mais melodia na canção...

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Gramaticamente falando...

Mergulhando no passado, hoje entendo que vivia num mundo de víruglas, lotado de mas, entretanto, também e talvez. Cresci neste mundo de dúvidas e de pessoas confusas quanto a elas e o mundo. Passei a maior parte da minha adolescência perdido no talvez.
E, pegando o gancho no talvez, não posso deixar de admitir que tantas incertezas me levaram ao mundo da interrogação, onde deixei que todos traçassem caminhos para mim por medo de desbravar o mundo sozinho.
Muitas vezes pensei estar convicto das pessoas que me cercavam e centrado no meu futuro, mas admito estar errado. Ainda estou longe do meu porto seguro, da casinha com cadeira de balanço na varanda.
Não importa o quão as coisas mudem, sempre restará um pouco de cada uma dessas fases, assim como tudo que não deixo partir mesmo sabendo que deveria deixar para trás. E toda essa inconstância me leva a ser o eterno garoto das reticências que não sabe usar os pontos finais.

quinta-feira, 27 de março de 2008

Por quanto tempo eu dormi?

Lembro que quando fechei os olhos você era todo desengonçado e me criticava quando eu tirava o maço de cigarros do bolso, ameaçando ser a última vez que nos veríamos. O nosso abraço era apertado, caloroso, fraterno... Os teus olhos me encaravam como a um pai e buscava a perfeição para não te desapontar. Fiz de tudo para ser aquele cara em quem você podia se espelhar.
Você cresceu e levou a sério a idéia de se espelhar. Ainda me espanto com a idéia de que o garotinho que eu buscava em casa pra ir pra balada conosco, hoje barbado, carrega uma lata de cerveja na mão e um cigarro na outra. Por quanto tempo dormi que não acompanhei esta transição?
Demorei tanto tempo pra perceber tanta coisa, mas pensei que com você não seria assim. Você era uma das poucas pessoas que acreditava não ser tudo aquilo que abominava em mim.
Hoje nos cumprimentamos formalmente, ensaiamos um saudoso abraço, mas a despedida é com um aperto de mão. As historias, as lembranças, a saudade, ficam guardadas, sendo expressas apenas pelo olhar, que não tem o mesmo brilho de antigamente. O sentimento não cresceu com a gente? A saudade também amadurece com as pessoas? É por esta razão que elas se tornam tão brutas, tão frias?
O menino que corria até mim em busca de auxílio, agora zomba dos meus conselhos. Quando foi que parei de pensar como ele e ele passou a ver a vida do meu antigo ponto de vista?
A vida passou tão rápido que não pudemos sentar e discutir sobre tanta coisa. Agora é tarde pra isso. Agora não importa mais. Agora você não precisa mais de mim. Mesmo assim você estará em minhas orações.
Fique com Deus, com teus novos amigos e com teus vícios.

sexta-feira, 14 de março de 2008

Madrugada

Ele repousou seu dorso dolorido na cama que há mais de vinte horas não via. Rola de um lado pro outro, seus olhos permanecem abertos, insistem não fechar. Todos os pensamentos que a correria cotidiana se incumbiram de camuflar, agora vinham à tona.
Pegou o telefone, o fitou por alguns segundos; apertou quatro dígitos e mais uma pausa. “Já é tarde”, pensou.
O celular estava na mesinha de cabeceira e pareceu a saída mais tentadora. Um, dois, três, cinco minutos se passaram e “Desculpe” foi a única coisa que ele conseguiu escrever nesse tempo todo.
Agora sentado, passando os olhos na curta mensagem no visor pouco nítido do celular, ele não tentou segurar a fina lágrima que rolou de seu olho direito e parou em seu lábio superior, onde pode saborear ainda mais o seu vazio.
“Lágrimas são salgadas porque se fossem doce todo mundo ia querer. Daí a gente ia ter que comprar engarrafada”, ele suspirou e sorriu brandamente. Havia sido uma das ingenuidades mais memoráveis dentre todas as lembranças das quais agora tentava fugir. E foi então que a penumbra se tornou incapaz de esconder as demais lágrimas que começaram a correr por sua face. Os soluços que chegaram depois evidenciavam ainda mais o seu sofrimento.
Olhou para o telefone na esperança de apenas um toque, mesmo sabendo que ele não iria tocar.
Olhou para as fotos do novo mural – ainda não teve a chance de mostrar pra ninguém, já que há muito não recebia visitas – na parede em frente a cama e por alguns segundos se sentiu na companhia daqueles que sempre se mostraram ao seu lado, embora tivesse certeza de que um dia se ausentaria.
Com os olhos vermelhos, cessando o soluço, mais uma vez voltou a se deitar, abraçou o travesseiro, respirou bravamente ao pensar que amanhã tudo se repetiria – assim como fora nas ultimas semanas – e dormiu.
Só assim fugia de tudo que queria esquecer. Depois de tanto lutar para conquistar o seu lugar, mais uma noite ele estava só.

domingo, 9 de março de 2008

Presente...

Foi assim que eu recebi um e-mail dizendo: Você foi convidado a contribuir com o blog de Stanley Alexander. Recebi como um presente. Eu precisava tanto falar!
Tanta coisa mudou. Em especial, dentro de mim. A cada dia que passa, eu me aproximo e me afasto.
A cada dia eu valorizo e amo mais. A cada dia um sentimento chamado saudade, aumenta.
Aqui é lindo, é perfeito, é a minha vida. E me pergunto porque a vida de vocês tem que ser aí e a minha aqui.
A cada conquista, a cada vez que saio, que me divirto, inevitavelmente, eu penso: o Stanley adoraria esse lugar. Nossa, o Laio, com certeza, ia fazer tal coisa. Se o Wagner estivesse aqui... Onde será que tá o Fael? E o Ju? Nossa, a Carol ia curtir isso. Que droga, pq a Mariane não está aqui? E por aí vai.... Com 'n' pessoas e situações.
Quando penso assim, lembro daquele texto que fala que existem amigos de 'uma vida inteira', de 'uma estação' e 'por uma razão' (qq dia eu posto ele aqui). E entendo que vocês são a mistura de tudo isso. Que nosso caminho 'juntos' se diversificou, mas que sempre estaremos na vida um do outro, porque "tudo o que vivemos juntos, nunca vai mudar".
Como eu disse, eu mudei. Mudei tanto que até arriscaria dizer que vocês quase não me reconheceriam. Aprendi, percebi tanta coisa! E, claro, continuo aprendendo.
Vocês me ensinam mesmo de longe, me animam mesmo que só através de uma tela.
Tantos conceitos, conselhos, experiências, medos revistos.
Tan, você faz tanta falta! Queria muito conseguir falar com vc por telepatia! Íamos rir tanto.
ahiuoehiueahiueahoiaeea
Tá, a idéia não era bem o post ficar assim, mas ficou, fazer o quê?
Ameeei esse blog e pretendo postar sempre que eu entrar na net (o que significa quase uma vez por mês) - meu neopet só não morreu pq o coloquei no hotel. ahueiohueaihueahoeaiae

Entããooo, é isso.
Amo vocês muito. Adorei os colaboradores!
x)~
Fiquem com Deus, xuxus, e até o próximo post, que eu prometo ser mais legal!

quinta-feira, 6 de março de 2008

Mais uma de um diario...

Ontem um astro,hoje um anônimo
Costumava brindar minhas sextas e hoje só guardo um gosto salgado
Tinha você por perto,fazia o mundo ser certo.Agora não tenho ninguém
Guardava uma forma forte,hoje tento segurar a sorte sentado em uma mesa de bar,tomando Coca-Cola
Esperando quem?
Quem sabe alguém que me peça um cigarro ou qualquer coisa que eu não tenha: -Me desculpe mas...lhe serve minha compania?
Como queria alguém pra passar as horas ou dividir essa Coca-Cola
As pessoas são diferentes demais pra cruzar meu caminho,ou são iguais a ponto de não querer cruzá-lo
Talvez isso seja destino!
A cadeira sempre vaga,encostada na parede
Ironia seria se estivesse rodeado...
Não quero dois,não quero três.Quero um!
Aonde está essa parte da minha vida?




Pensamentos do dia:

Mais um pra coleção de coisas repetidas
Novamente: 2 = sozinho
Tumulto nem sempre é confusão
Solidão nem sempre é castigo
Entender outra pessoa é um dom
Sobreviver a um amor acabado é coragem
Fazer sozinho é fazer bem feito
Fazer em conjunto é fazer melhor
Quem faz na duvida encontra a certeza
Não ter certeza não é indecisão
Medo nem sempre é covardia
Covardia é lutar sem conhecer
Arte é fazer sentido
Sentido é nunca depender...


E mais um dia passou...

Nossos dias serão pra sempre.

Assim como o Tan, também perdi meu post anterior. Como não tinha realmente gostado daquele, me sinto menos irritada por ter que escrever tudo de novo, assim posso escrever algo de que eu realmente goste.
Ainda não me sinto assim tão preparada pra escrever aqui, um blog sobre sonhos,um blog sobre os meus, os nossos sonhos. É difícil falar sobre sonhos agora que estou indo embora, buscando meus sonhos e deixando pessoas aqui com as quais sonhei e vivi por muito tempo.
Me disseram que achar que os amigos que tenho aqui são insubstituíveis é besteira, que a vida nos mostra sempre coisas melhores, amigos melhores, que com certeza vão preencher a falta dos antigos.
Pois eu não acredito em nada disso. E, como não sei se é verdade ou não, me limito a dizer que espero fervorosamente que isso seja mentira. Afinal, onde eu poderia encontrar amigos melhores que os meus? Nãão, isso é INVIÁVEL.
Onde, no mundo inteiro, vou encontrar pessoas que eu ame dessa maneira completamente incondicional? Onde vou encontrar amigos que me completem de tal maneira que, sem eles, me sinto absolutamente sozinha no mundo?
Nunca vão existir amigos melhores que vocês.
E eu vou lembrar desses anos que compartilhamos como os melhores da minha vida, porque foram. Quando eu voltar pra cá, nem que seja pra visitar, nós vamos nos encontrar. Vamos rir, vamos contar das nossas vidas, vamos relembrar o passado da mesma maneira que penso na nossa amizade hoje, com muito amor e uma ternura inabalável.
Certo é dizer que o que nos torna adultos é o que vivemos quando jovens, e o que fará parte da minha vida adulta com certeza serão as coisas que aprendi com vocês. E foi muita coisa!
Cada dia que me resta aqui é o amor que sinto por vocês multiplicado.
E cada vez que relembro de tudo que passamos juntos, as lembranças se fortalecem na minha memória.
E de lá não vão sair jamais.

(L)

quarta-feira, 5 de março de 2008

Minha menina

Passo os dedos de minha mão pelos cachos teus cabelos
Não estavam tão brilhantes como recordava ser
O semblante brando se assemelha a suave respiração
Que contrasta com a aflição que havia em seu olhar
Antes de adormecer em meus abraços
Foi assim que me despedi:
"Boa noite e bons sonhos, minha menina"

Oro pra que enquanto durma esqueça aquele que a magoou
Que com falsas promessas feriu seu coração
Com mentiras não ditas seu caráter corrompeu
Com um meigo sorriso condenou a sua alma
A ingenuidade se despedia a cada respiração
Foi entre lagrimas que a fiz ninar
“Boa noite e bons sonhos, minha menina”

Sussurrei palavras doces das quais se diz a quem ama
Sem medo de um dia me arrepender
Um beijo na testa e um longo suspiro
Assim me despedi de minha pequena
Ao abrir os olhos ela estaria mais próxima de se tornar mulher
Mas sempre que a mim recorrer ela será a minha menina




P.S.: A versão original se perdeu, mas o sentimento contiua o mesmo: A gratidão por aquela que sempre será a minha menina.

segunda-feira, 3 de março de 2008

"Sonho que se sonha só..."

Nenhum homem é uma ilha foi o título da primeira redação que redigimos no cursinho.
Como faço jus ao título dela, carrego o título de eterno sonhador, o que apela pra fraternidade por todo o sempre.
Não posso sonhar sozinho, por isso convido alguns amigos para dividirem este meu sonho.
Comigo, outros sonhadores caminharão a partir de agora.

Despertar

Hoje abre mais uma janela de pensamentos, abre-se mais uma porta de desabafo
Caçador de sonhos apenas no nome, já que sou apenas um mero sonhador, que mais que correr atrás de meus sonhos busco antes permanecer acordado
O que queria mesmo era mater uma conexão entre o dormir e estar acordado - este meu blog com o meu blogger - mas assim como dormimos quando fechamos os olhos e deixamos de lado toda a vida que nos aguarda novamente ao acordar, ao fechar uma porta abrimos outra.
Com o fim do meu outro blog, deixei de lado uma parte do meu passado e dei espaço pra um futuro que não vejo a hora de conhecer.
Convido quem estiver disposto a encarar esta maré de emoções que a vida me reserva.
Aquele que outrora sópensava em voar, hoje não vê a hora de colocar os pes no chão.