sábado, 12 de abril de 2008

Eu ainda sou a menina que escreve na agenda...

Tanta coisa têm acontecido; tantas mudanças, lampejos, relâmpagos, trovões, chuvas e calmarias.
A cada detalhe que reparo em mim, percebo uma falha significante: a de modelos. Eu estou sempre a comparar alguma coisa. Sempre a partir de um pressuposto que, às vezes, só existe dentro de mim.
Pode ser mania de controlar, insegurança, medo, criancice ou acaso.
Pode ser que desaprendi a me surpreender, o que remete à um dos últimos posts no meu blog, sobre apatia.
Pensando em postar aqui, li a frase do começo, do Jostein. De fato, é foda, mesmo, tentar entender-nos.
Bom, como diz o título, eu descobri que ainda sou a menina. Tentando deixar de ser, em partes, sim.
Mas ainda tento buscar estes tais ideais, ainda fantasio, ainda sonho, ainda sofro. Ou não.
Ainda me apego a coisas que me parecem estranhas.
Pelo menos, ainda vivo. E tento deixar viver uma pessoa dentro de mim. Uma criança que não sei se é certo deixar. Eu mesma.
Ninguém explica o quanto é difícil crescer e o quanto é difícil mudar tendo que continuar sendo a mesma pessoa, né?
Pois é.
Ainda a menina, tentando ser a mulher.

Um comentário:

Stanley Alexander disse...

Pelo que parece nunca deixaremos de tentar nos encontrar