sábado, 30 de janeiro de 2010

Do que você tem medo?

Queria poder te perguntar por que estes olhos tristes mais uma vez. Não gosto de ver este semblante caído e nem a tua voz falha, acuada.
Queria poder te coloar no colo, te proteger e te afagar como faria com um filho, mas já nã tens mais tamanho para isso.
Seria tão bom se pudesse confiar em mim, se pudesse me deixar compartilhar os teus medos, as tuas algústias, como quando fazíamos nos tempos de moleque. Ao invés de dormimos ficavamos trocando confidências, sonhos, idealizando o nosso futuro. E o engraçado é que em todos os planos havia alguém conosco.
E hoje... Ah, hoje é apenas hoje. Mentira, o hoje é o que importa agora. O passado agora são apenas histórias boas e ruins.
Quem está do teu lado agora? Quem sonhava, quem gostaria? Quem você quer que esteja do teu lado? Você dá oportunidades?
Pra ter ajuda você precisa pedir. Quero estar do teu lado, mas você precisa me deixar estar. Ainda me quer nessa caminhada? Ainda quer que eu te dê a mão? Embora quem tenha se perdido no caminho seja eu.
Mas eu estou disposto. Quando você quiser a gente se ajuda, a gente se protege, a gente se levanta e podemos continuar juntos esta caminhada. Afinal, nada como caminhar com um grande amigo.
Enfim... Até lá.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Os nossos dias serão para sempre

"Aproveite as pessoas ao máximo, pois você nunca sabe até quando elas estarão ao seu lado". Está frase martelou por muito tempo dentro de mim e hoje ela voltou numa intensidade imensurável.

A nossa passagem de ano foi mágica e se extendeu por mais duas semanas. Duas incríveis semanas. Mas agora devemos voltar à realidade.
Era a despedida dos nossos amigos de longe, o clima era de festa. Na verdade, o clima era estranho. Estávamos divididos, o incômodo era visível até para aqueles que não faziam parte do nosso convívio.
Deveríamos estar ali para confraternizar, mas a cada minuto ficava mais evidente o que estava acontecendo: estavamos nos dissipando.
A união de diversos fatores me trouxe pensamentos cruéis que me multilavam por dentro. Cada pontada que se seguia era uma lágrima que conseguia segurar.
Após um abraço confortante pensei que fosse desabar e decidi curtir o resto da noite. Não, não ia desfrutar na presença daqueles que partiam. Embora quisesse sugar ao máximo os momentos que nos restavam juntos, alguns tinham menos tempo que eu. Era o mínimo que eu podia fazer. Mas eu fui além.
Encontrei abrigo numa casa onde achei que não mais habitava e essa fortaleza me salvou. Eu me vi em uma guerra de sentimentos e um passado adormecido estava sendo vivenciado novamente. Em um novo formato, sem toda aquela fantasia adolescente. Éramos antigos amigos, curtindo um momento bom sem relembrar o passado e tudo o que ele havia nos causado.
E foi o que me salvou, o passado adormecido.
Por isso sei que mesmo que não voltemos a nos ver e nem mesmo nos falar, tudo o que aconteceu, quer seja nessas últimas 3 semanas, nos últimos dez anos ou em toda uma história que ianda está por vir, o que está guardado dentro de nós, ninguém tira.
Mesmo que nunca volte a existir um "nós", os nossos dias serão para sempre dentro de cada um de nós.