domingo, 27 de abril de 2008

Eu venho amando,
Amando eu venho,
Do inexpressivo, chorando,
Inexpressando o sentimento.
Pôr-do-sol, mar, vento...
Nesse grande mistério de viver e amar a contento.

sábado, 26 de abril de 2008

Qualquer

Temo ser apenas um verbo
Ou apenas uma mentira que guardei pra mim
Invento e até faço o inverso
Pra ver se acho um começo pro fim
E vejo tudo mudando e se afastando de mim

E o tempo é só um argumento
Quem sabe um disfarce...
E o medo é um sentimento qualquer
Num dia desses ele passa

Temo não temer a nada
Pois esse é um meio de eu ter certeza que desisti
Invento e até faço o inverso
Pra ver se paro de pensar
E vejo tudo mudando e se afastando de mim
E devo escolher se quero ou se deixo

O tempo é só um argumento
Quem sabe um disfarce...
E o medo é um sentimento qualquer
Num dia desses ele se torna esperança

sábado, 12 de abril de 2008

Eu ainda sou a menina que escreve na agenda...

Tanta coisa têm acontecido; tantas mudanças, lampejos, relâmpagos, trovões, chuvas e calmarias.
A cada detalhe que reparo em mim, percebo uma falha significante: a de modelos. Eu estou sempre a comparar alguma coisa. Sempre a partir de um pressuposto que, às vezes, só existe dentro de mim.
Pode ser mania de controlar, insegurança, medo, criancice ou acaso.
Pode ser que desaprendi a me surpreender, o que remete à um dos últimos posts no meu blog, sobre apatia.
Pensando em postar aqui, li a frase do começo, do Jostein. De fato, é foda, mesmo, tentar entender-nos.
Bom, como diz o título, eu descobri que ainda sou a menina. Tentando deixar de ser, em partes, sim.
Mas ainda tento buscar estes tais ideais, ainda fantasio, ainda sonho, ainda sofro. Ou não.
Ainda me apego a coisas que me parecem estranhas.
Pelo menos, ainda vivo. E tento deixar viver uma pessoa dentro de mim. Uma criança que não sei se é certo deixar. Eu mesma.
Ninguém explica o quanto é difícil crescer e o quanto é difícil mudar tendo que continuar sendo a mesma pessoa, né?
Pois é.
Ainda a menina, tentando ser a mulher.

domingo, 6 de abril de 2008

Rascunhos

Viajando pelo meu antigo blog, encontrei algo que ainda não chegou ao seu destino. E certamente ainda custará a chegar:

Rascunhos

Meu caderno de rascunhos já naum serve pra escrever
as coisas que nem todo mundo eh capaz de entender
Se me falta um acorde não tenho a quem recorrer
se já não sei mais como encontrar você

Já não somos mais a equipe com o mesmo ideal
Não estamos um contra o outro
Tão pouco juntos, afinal

Se nossa parceria formava a harmonia
Hoje te falta letra
E eu não ouço voz nem violão
Se falta algum acorde
Não há mais melodia na canção...

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Gramaticamente falando...

Mergulhando no passado, hoje entendo que vivia num mundo de víruglas, lotado de mas, entretanto, também e talvez. Cresci neste mundo de dúvidas e de pessoas confusas quanto a elas e o mundo. Passei a maior parte da minha adolescência perdido no talvez.
E, pegando o gancho no talvez, não posso deixar de admitir que tantas incertezas me levaram ao mundo da interrogação, onde deixei que todos traçassem caminhos para mim por medo de desbravar o mundo sozinho.
Muitas vezes pensei estar convicto das pessoas que me cercavam e centrado no meu futuro, mas admito estar errado. Ainda estou longe do meu porto seguro, da casinha com cadeira de balanço na varanda.
Não importa o quão as coisas mudem, sempre restará um pouco de cada uma dessas fases, assim como tudo que não deixo partir mesmo sabendo que deveria deixar para trás. E toda essa inconstância me leva a ser o eterno garoto das reticências que não sabe usar os pontos finais.