sexta-feira, 4 de abril de 2008

Gramaticamente falando...

Mergulhando no passado, hoje entendo que vivia num mundo de víruglas, lotado de mas, entretanto, também e talvez. Cresci neste mundo de dúvidas e de pessoas confusas quanto a elas e o mundo. Passei a maior parte da minha adolescência perdido no talvez.
E, pegando o gancho no talvez, não posso deixar de admitir que tantas incertezas me levaram ao mundo da interrogação, onde deixei que todos traçassem caminhos para mim por medo de desbravar o mundo sozinho.
Muitas vezes pensei estar convicto das pessoas que me cercavam e centrado no meu futuro, mas admito estar errado. Ainda estou longe do meu porto seguro, da casinha com cadeira de balanço na varanda.
Não importa o quão as coisas mudem, sempre restará um pouco de cada uma dessas fases, assim como tudo que não deixo partir mesmo sabendo que deveria deixar para trás. E toda essa inconstância me leva a ser o eterno garoto das reticências que não sabe usar os pontos finais.

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